Carlos Coelho enaltece o papel das mulheres na construção europeia

Por ocasião da celebração do Dia Internacional da Mulher, a 8 de Março, Carlos Coelho recordou o papel das mulheres no processo de construção europeia e homenageou figuras de primeira linha do projecto de integração. “Este Parlamento já conheceu duas presidentes: Simone Veil e Nicole Fontaine, que recordo de forma especial neste dia” afirmou o eurodeputado que recordou que “nunca antes tivemos tanta representação feminina nesta casa, com 37% da câmara composta por mulheres”. “Nas Comissões de que faço parte tenho o privilégio de trabalhar com muitas mulheres: na IMCO estamos quase paritários, com 45% de mulheres, enquanto na LIBE estão mesmo em maioria, com 57%” acrescentou.

Questionado sobre as outras instituições europeias, Carlos Coelho referiu que “na Comissão temos 30% de mulheres, entre as quais a Alta-Representante. Antes da saída da Comissária Georgieva, tínhamos uma representação feminina de um terço e mais uma Vice-Presidente”. Quando olhamos para os Estados-Membros, Carlos Coelho alerta que “não podemos ignorar que há muito para fazer, quando temos apenas 3 mulheres em 25 Primeiros-Ministros - embora de países importantes como a Alemanha, a Polónia ou o Reino Unido - e 4 mulheres em 17 presidentes”.

Quanto aos principais desafios para a afirmação da mulher no futuro, o deputado do PPE rematou: “Quando olhamos para as 600 principais empresas europeias cotadas em Bolsa, vemos que apenas 5% têm directoras-executivas, apenas 7% têm presidentes e os conselhos de administração têm 23% de representação feminina. Também aqui há um caminho a percorrer. O mais urgente, porém, é combater a diferença salarial entre os géneros: não podemos admitir que, por cada 100 euros ganhos por um homem, uma mulher ganhe apenas 83 euros. Não se trata já de uma questão social, mas de defesa dos direitos fundamentais e do princípio da igualdade, em particular, consagrado nos Tratados e na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, mas que deve estar sobretudo inscrito nas nossas consciências”.