Parlamento Europeu elege Mariya Gabriel como nova Comissária Europeia para a Economia e Sociedade Digitais

O Parlamento Europeu votou hoje a designação de Mariya Gabriel, Deputada búlgara ao Parlamento Europeu, como nova Comissária Europeia para a Economia e Sociedade Digitais. Gabriel desempenhava, actualmente, as funções de Chefe da delegação búlgara no Grupo PPE, sendo ainda Vice-Presidente do Grupo. Pertencia, até hoje, à Comissão de Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos (LIBE), a que Carlos Coelho também pertence.

Carlos Coelho congratulou-se com esta designação, manifestando-se “muito satisfeito com a escolha de uma colega com quem trabalho, desde 2009, no Parlamento Europeu. Reconheço-lhe muita competência e empenho e espero que as qualidades que fazem de Mariya Gabriel uma boa Deputada a façam, também, uma excelente Comissária. Desejo-lhe as maiores felicidades”. O Deputado do PPE recordou que “ao longo destes oito anos, a dedicação de Mariya Gabriel em matérias como Schengen, Vistos, política de migração ou o controlo de fronteiras da UE fez com que o nosso trabalho conjunto tenha resultado em decisões importantes como a da criação da Frontex ou a construção do sistema de entrada e saída (“Entry-Exit System”)”.

O social-democrata destacou que “o portfolio da Economia e Sociedade Digitais é estruturante, num tempo em que vivemos uma mudança fundamental das nossas economias, motivada por aquilo que muitas chamam de «quarta revolução industrial». Bem sei que Mariya Gabriel terá apenas dois anos pela frente, como Comissária, mas terá de liderar o necessário processo de adaptação da União aos desafios da «Internet das Coisas», do «Cloud Computing», da evolução da inteligência artificial, entre muitas outras matérias”.

Questionado sobre o processo de selecção, Carlos Coelho registou que “Kristalina Georgieva abandonou as funções de Comissária e Vice-Presidente da Comissão há mais de seis meses e apenas agora votámos a sua substituição. Além de termos de reflectir acerca destes prazos tão largos, creio que era útil uma reflexão sobre a forma como designamos os Comissários, depois de indicados pelos Estados-Membros. Um processo mais próximo dos cidadãos será inevitável, num futuro não muito longínquo”.