PE debate situação em Angola : Carlos Coelho reclama urgência na ajuda

O Deputado do PSD Carlos Coelho reclamou, no Parlamento Europeu em Estrasburgo, "urgência da ajuda europeia e internacional, face à gravidade e amplitude do drama humanitário que se vive em Angola".

Num debate sobre a situação em Angola, que surge na sequência da visita a Angola de uma delegação da Comissão de Desenvolvimento e Cooperação do PE que integrou, entre outros, a Deputada Teresa Almeida Garrett, Carlos Coelho sublinhou que  "não se trata apenas de melhorar o nível de vida de um povo, mas a última possibilidade de salvar muitas vidas, sobretudo crianças, que todos os dias morrem de fome e de doença, no mais escandaloso silêncio, sem energia e ânimo para sequer chorarem...

Essa ajuda tem de ser eficaz e rápida, acrescentou Carlos Coelho.  Muitas vezes nesta descomunal burocracia em que nos transformámos quando decidimos agir é tarde demais.  Angola precisa de ajuda humanitária de emergência, o que se traduz por exemplo em realidades tão práticas como a urgência do envio de sementes e kits agrícolas antes da época das chuvas (Outubro) para evitar mais um ano de fome".

Carlos Coelho salientou as "prioridades da Resolução aprovada no final do debate:

  • Há que prestar ajuda humanitária de emergência;
  • Há que contribuir para a consolidação da paz que inclui a conversão da Unita em partido político e a integração dos seus quadros na vida nacional;
  • Há que apoiar a consolidação democrática procurando a legitimação por eleições democráticas e livres no respeito pelas liberdades essenciais designadamente a liberdade de informação, reunião e expressão;
  • Há que prosseguir a consolidação económica e a reorganização social".

Para Carlos Coelho, "Angola é um grande país com possibilidade de se afirmar como potência regional influente e importante e de assim contribuir para a estabilização democrática daquela região africana e para o seu progresso económico e social.  A guerra limitava esse caminho.  Tudo está em aberto.  Depende da vontade dos angolanos mas também do nosso apoio.  Que o nosso não falte para que não fraqueje a vontade deles".