Regina Bastos defende participação equilibrada das mulheres e dos homens na vida política

A Deputada do PSD Regina Bastos afirmou, em Estrasburgo, que "apesar da larga extensão da protecção dos direitos fundamentais das mulheres nestes últimos anos, a integração do princípio de igualdade de oportunidades não é ainda satisfatória em todos os domínios, nomeadamente no que toca à esfera política e administrativa".

Numa intervenção no Parlamento Europeu, Regina Bastos defendeu que "a participação equilibrada e activa das mulheres e dos homens na vida política constitui um instrumento fundamental para a consolidação de uma Sociedade mais justa e democrática.

Tendo em vista que o PE é a instituição mais próxima dos cidadãos e que o seu empenho na defesa da igualdade de oportunidades tem permitido desenvolver numerosas políticas nesse sentido, é seu dever dar o exemplo reforçando a integração das mulheres nas actividades parlamentares e nas estruturas internas.

Deste modo, acrescentou, revela-se urgente fomentar a plena participação para se atingir uma situação mais equilibrada".

Na perspectiva do alargamento e das eleições europeias de 2004, Regina Bastos entende que "devem desenvolver-se campanhas de informação para preparar as mulheres que desejem entrar nas instituições europeias. Desta forma, poderemos evitar que a percentagem de mulheres deputadas ao PE diminua ainda mais".

Regina Bastos salientou que "o trabalho desenvolvido pela Comissão dos Direitos das Mulheres e da Igualdade de Oportunidades, tem-se revelado de uma importância crucial na sensibilização das outras comissões através das suas intervenções e pareceres".

No que se refere à Administração do PE, Regina Bastos apoiou "as medi das relativas ao reforço da sensibilização, da informação e da formação profissional, da introdução de sistemas de conselhos para o desenvolvimento da carreira e de uma melhor articulação da vida profissional e privada (através de horários flexíveis e a disponibilização de infra-estruturas de acolhimento das crianças).

No entanto, não parece ser uma boa alternativa a aplicação  sistemática do princípio de preferência às mulheres candidatas aos postos de chefia enquanto persistir o desequilíbrio. Apoio, antes, a possibilidade de adopção de medidas positivas a favor do sexo sub-representado no que respeita ao recrutamento, ao desenvolvimento da carreira e outras actividades profissionais".