A Agenda 2000

30 de Dezembro, 1998
As reformas dos Fundos Estruturais e da Política Agrícola Comum, o calendário e estratégia de integração de novos países na União Europeia, o equilíbrio orçamental e o problema do financiamento das políticas comunitárias, constituem os principais dossiers da Agenda 2000.

Como se previa, a sua negociação tem sido longa e difícil, entrando agora numa fase decisiva com o aproximar da presidência alemã, em cujo exercício se espera uma decisão final por parte do Conselho.

As recentes posições da presidência austríaca no sentido de um congelamento das despesas para o período de 2000-2006 ao nível dos últimos anos, com especial incidência nos fundos estruturais, que poderiam sofrer uma redução efectiva de 25%, constituiram um escândalo para quem defende a Coesão Económica e Social.

Se elas fossem aprovadas, isso significaria que seriam os países mais pobres da UE, entre os quais Portugal, a pagar os custos do alargamento a leste ou a própria factura do reequilíbrio orçamental em favor de países como a Alemanha ou a Holanda.

Da boa negociação e equilíbrio da Agenda 2000 muito depende o nosso futuro colectivo. Essa responsabilidade incumbe principalmente ao Governo, especialmente numa época em que onze dos quinze Primeiros Ministros da UE são socialistas.

No Parlamento Europeu, os Deputados do PSD têm dado e continuarão a dar o seu melhor para que os interesses do nosso país sejam salvaguardados.