Um Bravo

31 de Outubro, 2003

Não nego a condição de amigo mas, sem ceder à emoção, tenho de assinalar que a partida de Arlindo Cunha deixa-nos uma sensação de vazio.

Durante anos, na Agricultura e nas Pescas, a voz do português era a voz autorizada. Todos recordavam a sua Presidência do Conselho, enquanto ministro de Cavaco Silva, quando se rea-lizou a última grande reforma da PAC.

Todos apreciam a forma competente e combativa, o espírito generoso e solidário, o rigor técnico, a capacidade de se relacionar e gerar cumplicidades e alianças.

Arlindo Cunha lutou por Portugal e pela Europa e foi um dos melhores Deputados Portugueses ao Parlamento Europeu e deixa uma vasta obra, da reforma da PAC à defesa dos produtos com denominação de origem, das negociações da OMC e dos ACP's aos acordos de pesca.

Bem sei que estas breves linhas não são, graças a Deus, um epitáfio. Arlindo Cunha sai porque o País reclama o seu serviço como Presidente da CCDR do Norte.

BRAVO, pois ! Bravo a Arlindo Cunha pelo que fez. E bravo à Região Norte pelo Homem que escolheu.