A deputada europeia do PSD, Maria da Graça Carvalho, participou hoje na audição da Comissária indigitada para Investigação, Inovação e Ciência, a irlandesa Marie Geoghegan-Quinn.
Maria da Graça Carvalho mostrou-se "preocupada com alguns assuntos relativos ao Espaço Europeu de Investigação". Na sua intervenção de um minuto e meio, a eurodeputada colocou à comissária indigitada algumas questões sobre o futuro dos instrumentos existentes dentro dos programas comunitários, a utilização dos fundos europeus e sobre o futuro papel do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia e do Conselho Europeu de Investigação.
As perguntas colocadas foram as seguintes:
- De que modo pretende a Comissão promover a construção do Espaço Europeu da Investigação, nomeadamente através da articulação entre os programas comunitários e os programas dos Estados-Membros, sem perder a dimensão europeia?
- Serão suficientes os instrumentos já existentes, como por exemplo, as ERAnets, o Artigo 169, as Plataformas Tecnológicas e as Iniciativas Tecnológicas Conjuntas? Como vê a Comissão o futuro destes instrumentos?
- O Conselho Europeu de Investigação e o Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia são duas instituições importantes da UE em matéria de governação de I&D. Como antevê o desenvolvimento de cada uma destas instituições e o seu contributo para a construção do Espaço Europeu da Investigação?
- Como encara a Comissão a possibilidade de transformar o Conselho Europeu de Investigação num organismo pan-europeu com a participação de fundos nacionais e regionais? E como garantiria o papel fundamental da Comissão e do Parlamento Europeu neste organismo?
- Qual será o papel do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia como futuro catalisador de reformas e de modernização das universidades e centros de Investigação na Europa?
Na sua resposta, a comissária indigitada sublinhou o papel fundamental da Comissão na coordenação entre os programas comunitários e os programas dos Estados-Membros para evitar a duplicação de esforços. Declarou a importância de reduzir as barreiras e os obstáculos existentes à investigação, através de uma melhor governação, regulamentação adequada e melhores serviços de apoio para aumentar a excelência da investigação científica. Por último, afirmou a necessidade de desenvolver mais instrumentos para o apoio à criação do Espaço Europeu da Investigação, já que os que existem actualmente "não chegam" e reforçou a necessidade de incentivar a participação dos sectores público e privado.