O Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, assumiu a presidência interina do país, depois de sucessivas manifestações nas ruas de Caracas a exigir uma solução para o conflito interno no país e a realização de eleições livres. Carlos Coelho reagiu a estes acontecimentos e às declarações de líderes europeus e mundiais, associando-se ao apelo para uma transição democrática no país. O social-democrata assinou uma carta dirigida à Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, apelando ao reconhecimento de Guaidó como presidente interino e à organização de eleições livres.
O Deputado ao Parlamento Europeu declarou-se “preocupado com mais uma escalada de violência e conflitos nas ruas. A Venezuela está mergulhada numa situação de caos económico, social e político há demasiado tempo. Um caos que o regime de Maduro alimenta e que tem as marcas da vergonha no número de mortes, mas também nos quase três milhões de pessoas que já fugiram do país, criando uma grave crise migratória na região. Como sempre, estou particularmente preocupado com a situação da comunidade portuguesa e lusodescendente, que está plenamente integrada, mas que é alvo de perseguições e represálias inadmissíveis. Durante demasiado tempo o governo português foi mais diplomático que eficaz na protecção destes portugueses”.
Carlos Coelho afirmou que “finalmente, a comunidade internacional descobriu a coragem de reconhecer a Assembleia Nacional como único órgão de soberania legítimo na Venezuela. O regime, que há muito é uma ditadura, não tem resquício de legitimidade desde a farsa da Assembleia Constituinte e do circo das últimas eleições presidenciais. Cada vez mais países estão a reconhecer a Assembleia Nacional como interlocutor e Juan Guaidó como presidente interino do país. É curioso verificar que os países que alinham com Maduro são, também eles, autênticas ditaduras. É fundamental garantir que a liderança do período de transição democrática estará nas mãos da Assembleia Nacional e que, quanto antes, serão realizadas eleições livres e democráticas para começar um caminho de reconciliação nacional e de recuperação económica de um país falido”.