Questionado sobre as implicações do Tratado de Lisboa na organização do Parlamento, Paulo Rangel, que como Vice-presidente do Grupo PPE tem o pelouro das relações com os Parlamentos Nacionais, sublinhou a relevância que os órgãos legislativos dos 27 vão passar a assumir: "As empresas como as que aqui estão representadas, e que até agora tinham como principal interlocutor o Parlamento Europeu para as matérias europeias, devem ter consciência de que, com o Tratado de Lisboa, os Parlamentos nacionais vão passar a ter um papel muito relevante no processo legislativo comunitário. Podem mesmo travá-lo!" afirmou o Deputado.
Paulo Rangel destacou ainda como prioridades do Grupo PPE (o maior grupo político do Parlamento Europeu): o combate à crise e a construção do mercado único aberto e eficaz, a segurança e a luta contra o terrorismo e a luta contra as alterações climáticas.
Quanto a este último aspecto, o Deputado foi questionado sobre as expectativas do PPE em relação à atitude dos Estados Unidos na Cimeira de Copenhaga.
Rangel não quis falar de expectativas e preferiu salientar a importância de, quer os Estados Unidos, quer a Europa encontrarem plataformas de entendimento em relação à segurança energética. "Esse pode ser um primeiro passo para avançar no combate comum às alterações climáticas", afirmou Paulo Rangel.
O Deputado europeu, que é membro da Delegação União Europeia/Estados Unidos, sublinhou ainda que o PPE é o único grupo político do Parlamento europeu a colocar as relações transatlânticas no topo das suas prioridades.