Até porque, sublinhou Sérgio Marques, "os objectivos primeiros que justificam ambos são os mesmos. Não fará sentido, acrescentou, garantir a paz, a estabilidade, a segurança, a democracia e o desenvolvimento na Europa alargada e não garantir estes valores também nessa grande zona de proximidade da Europa que é o Mediterrâneo".
Sérgio Marques, que participa na reunião do II Forum Parlamentar Euro-Mediterrâneo, que hoje e amanhã decorre nas instalações do Parlamento Europeu, salientou que "a
Estratégia Comum aprovada no Conselho Europeu da Feira, contém os objectivos e prevê domínios de acção à altura deste desafio. O mesmo não se poderá dizer dos meios disponíveis".
Para Sérgio Marques, "mais importante do que nos queixarmos da insuficiência dos meios, é termos a vontade política de, a partir de agora, executarmos cabalmente nas suas diferentes vertentes a Estratégia Comum, ao contrário do que aconteceu nos últimos anos".
Sérgio Marques deu especial destaque "à relevância estratégica da implementação de instrumentos de integração económica, como a instauração progressiva duma zona de livre comércio entre, por um lado, a União Europeia e os Países Mediterrâneos e, por outro lado, entre estes mesmos. Desta forma e como dizia o Comissário Patten em recente debate no Parlamento Europeu sobre esta matéria, o Mediterrâneo tornar-se-ia atractivo ao investimento estrangeiro e à criação de riqueza e emprego".
A terminar a sua intervenção, Sérgio Marques fez questão de recordar "que foi através de crescentes formas de aproximação e integração económica que lançámos as bases da União Europeia, assim garantindo até hoje mais de 50 anos de paz e desenvolvimento e expandindo a democracia e o respeito pelos direitos humanos".
No II Forum Parlamentar Euro-Mediterrâneo, que amanhã termina, participam delegações de parlamentares dos países da bacia mediterrânica, uma delegação do Parlamento Europeu e delegações dos parlamentos nacionais dos Estados-membros.