O Parlamento Europeu aprovou hoje um Relatório sobre as Orientações Gerais das Políticas Económicas 2008-2010. Este foi um debate conjunto sobre a Estratégia de Lisboa com o Conselho e a Comissão que contou com a participação activa do Deputado do PSD José Silva Peneda em nome do Partido Popular Europeu e do PSD.
No seu Relatório estratégico sobre a renovação da Estratégia de Lisboa, publicado em Dezembro, a Comissão Europeia liderada por Durão Barroso propõe que as actuais Orientações Gerais das Políticas Económicas constituam o principal instrumento da política económica da UE no âmbito da Estratégia global de Lisboa, assim como um ponto de referência para os programas anuais de estabilidade e convergência.
Segundo Silva Peneda, depois da revisão da Estratégia de Lisboa levada a cabo por Durão Barroso, que permitiu agilizar e criar objectivos claros, são conhecidos os seguintes resultados:
"Em 2006, a União Europeia registou o maior crescimento económico desde 2000 (com um crescimento de 3%). Em 2007, a União Europeia cresceu, mais (2,9%) que os EUA (2,2%) e alguns novos Estados-Membros aproximaram-se ou até ultrapassaram a barreira dos dois dígitos."
"Para quem andou a afirmar que a revisão da Estratégia de Lisboa tinha deixado de dar importância às questões sociais a resposta aí está: em 2006 o emprego cresceu (1,6%) três vezes mais da média registada nos 5 anos anteriores (0,5%)" afirmou Silva Peneda.
Nos últimos dois anos foram criados mais de 6 milhões e meio de novos empregos e prevêem-se criar mais 5 milhões até 2009. "É preciso ir à década de 80 para encontrar valores parecidos" afirmou o Deputado do PSD.
Mas "há mais" disse Silva Peneda: "em 2006, a produtividade (medida em termos do crescimento do PIB por trabalhador) na Europa cresceu, em 2006 (1,5%) mais do que a média anual verificada entre 2000 e 2005 (1,2%).
"Pela primeira vez há muitos anos, o crescimento da produtividade na Europa foi superior ao dos EUA (1,4%)."
"Embora não se possa afirmar que estes resultados são consequência exclusiva da Estratégia de Lisboa, também não se pode negar que ela não tenha contribuído para a sua obtenção. Felicito assim a Comissão pela forma como tem coordenado a Estratégia de Lisboa."
Na opinião de Silva Peneda, a economia europeia pode continuar a crescer e mais empregos poderão ser criados "se nos próximos anos melhorar a coordenação das políticas económicas dos Estados Membros, se o mercado interno for mais aprofundado, se o diálogo social for promovido, se os aumentos salariais acompanharem o ritmo de crescimento da produtividade, se existir um sistema de supervisão financeira eficaz, se a quinta liberdade - a do conhecimento - se fortalecer e se a União Europeia mostrar sinais evidentes que quer defender os seus interesses," o que significa não ser um "sujeito passivo do fenómeno da globalização mas, pelo contrário, mostrar que está disposta a exercer um papel determinante no seu controlo."
Estrasburgo, 20 de Fevereiro de 2008