A Sessão Plenária do Parlamento Europeu debateu e aprovou o Relatório Ferreira sobre o Plano de relançamento da economia europeia proposto por Barroso em 28 de Janeiro. A comissão parlamentar alerta para a necessidade de se evitar o risco de um regresso a políticas proteccionistas, apela ao "efectivo lançamento" de uma vasta iniciativa europeia do emprego, a um "controlo rigoroso" dos planos de salvamento das instituições financeiras, à retoma dos empréstimos interbancários e à concessão de crédito aos particulares e às empresas.
O Deputado do PSD, Silva Peneda, defendeu o aumento do investimento, pois "é a única forma de inverter o crescimento do desemprego."
Segundo Silva Peneda, para haver mais investimento é necessário que "o crédito seja acessível e barato, mas tudo aponta para que nos próximos tempos ele seja escasso e muito mais caro para países mais vulneráveis, como é o caso de Portugal."
Estes países enfrentam dificuldades acrescidas de financiamento pelo que Silva Peneda defende a possibilidade de passar a haver, a nível da zona euro, um único emitente central de dívida pública europeia, que é, aliás, o cenário mais compatível com a sustentabilidade do euro a longo prazo.
Como explicou, nas actuais circunstâncias é "imperioso reactivar o mercado de crédito europeu com atribuição de empréstimos responsáveis a empresas viáveis e às famílias."
Também as ajudas financeiras a bancos e empresas devem ser bem direccionadas, temporárias, transparentes, avaliadas em termos de custo/benefício e controladas rigorosamente.
Segundo Silva Peneda, a "solidez e solidariedade" do projecto europeu podem estar em causa e, por isso, é fundamental "agir de forma coordenada e respeitar as regras do mercado interno sem lugar a proteccionismos."