Harmonização de Patentes
Resposta dada por Charlie McCreevy
em nome da Comissão
(3.12.2008)
A Comissão defende a realização de um
debate multilateral com vista à harmonização do direito
internacional das patentes, de modo a simplificar o sistema de patentes a
nível mundial, nomeadamente no quadro da Organização
Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Ao facilitar a
repartição de tarefas entre os serviços de patentes e ao
minimizar as repetições do mesmo trabalho, essa harmonização
pode reduzir o número de pedidos pendentes. A harmonização
também pode melhorar a qualidade das patentes, tendo a Europa a
responsabilidade de garantir a aplicação de padrões
elevados em matéria de patenteabilidade. Disso beneficiariam todas as empresas
da União Europeia, incluindo as PME.
É declarado no roteiro que a Comissão e o
Governo dos Estados Unidos da América apoiam a
harmonização do direito internacional das patentes. O roteiro
não faz referência a outras negociações conducentes
a um acordo bilateral separado entre a União Europeia e os Estados
Unidos da América sobre o direito substantivo das patentes. O debate no âmbito do Conselho
Económico Transatlântico não visa, portanto, a
celebração de qualquer acordo que se afaste das
disposições da Convenção Europeia de Patentes, tal
como a proibição do patenteamento de programas
informáticos e de modelos empresariais. Por outro lado, na
Comunicação «Uma estratégia europeia para os
direitos de propriedade industrial»[1], a Comissão
sublinha que, para um sistema de propriedade industrial funcionar bem, como
é necessário para manter a competitividade das empresas
europeias, deve imperativamente basear-se em direitos de alta qualidade.