Carlos Coelho considera "Grande Fome" na Ucrânia como crime de genocídio

O Deputado do PSD Carlos Coelho, subscreveu uma Declaração Parlamentar sobre o reconhecimento internacional da Grande Fome na Ucrânia (1932-33) como crime de genocídio.

Os Deputados proponentes consideram que o governo soviético, controlado por Joseph Stalin, conduziu uma política de confiscação compulsiva das colheitas dos agricultores ucranianos para exportação, acabando por levar a cabo uma política de brutal deslocação de aproximadamente 10 milhões de pessoas para o norte da União Soviética e para encarceramento em Gulags.

Segundo a declaração esta política foi deliberadamente concebida para criar a fome entre a população ucraniana e desta forma reprimir qualquer potencial resistência à colectivização e sovietização do país, estimando-se que, nos anos 1932 e 1933, tenham perecido entre 4 a 6 milhões de pessoas vítimas de fome.

Tomando em consideração que o Presidente da Ucrânia Viktor Yushchenko considerou esta situação de fome extrema um crime de “genocídio” e apelou à comunidade internacional a que reconhecesse como tal a fome na Ucrânia, Carlos Coelho e os restantes Deputados subscritores manifestam:

1.                  A convicção de que a fome extrema na Ucrânia constitui um dos crimes mais cruéis na história europeia do século XX e que esta situação deveria ser qualificada e reconhecida internacionalmente como crime de genocídio;

2.                  Condenam todas as forças presentes nos Estados pertencentes ao ex-bloco soviético que negam os crimes do comunismo e enaltecem a figura de Stalin e as suas medidas como um exemplo a seguir.