"O combate pelos direitos cabe em primeira linha à autoridade dos Estados e à sua diplomacia"

Na sua intervenção, Assunção Esteves lembrou que “A pena de morte, a tortura, a fome são a barbárie que persiste neste mundo que em parte governamos. Mas as coisas só continuam assim se nós quisermos.”

Segundo a Deputada do PSD, a Europa do iluminismo, dos valores, da dignidade, “falha na coerência das suas políticas”.  O Parlamento Europeu e o Conselho “nem sempre têm sobre esta matéria exactamente as mesmas posições, mas só há um caminho e esse caminho é o da acção coerente das instituições europeias em todas as suas políticas internas e externas. Esperamos pelas virtualidades do novo serviço de acção externa no Tratado de Lisboa em matéria de direitos humanos.”

Assunção Esteves chamou a atenção  os “exemplos da nossa inquietação: os Estados Unidos têm pena de morte como a África; a China não tem apenas um Tibete, tem trabalho escravo, tortura, morte sumária.”

“É com estes exemplos que temos de confrontar a nossa falta de coerência. A Europa precisa de uma política pró-activa de direitos humanos.”

Para a Deputada do PSD,  a mobilização da sociedade civil é “importante, mas não devemos esquecer que o combate pelos direitos cabe, em primeira linha, à autoridade dos Estados e à sua diplomacia.”

De seguida salientou o papel de Sarkozy dizendo, “bem faz o Presidente francês que não estará presente nos Jogos Olímpicos de Pequim. Também os outros Chefes de Estado da União não deverão estar presentes. A União é uma unidade fundada nos valores.”

“Não chegam à Europa declarações e resoluções. A União Europeia não pode vender a alma. “