Carlos Coelho reclama contra atrasos na recolocação de refugiados

5 de Novembro, 2015

Para fazer face à emergência humanitária e à enorme pressão sentida, em particular, pela Itália e pela Grécia, a Comissão propôs redistribuir 160 000 refugiados. Só em outubro cerca de 218 000 pessoas entraram pela Grécia e, dos primeiros 40 000, apenas 116 refugiados foram recolocados até ao dia 3 de novembro.

Desde o início ficou evidente que apenas com uma forte mobilização da sociedade civil poderíamos fazer face aos desafios que se colocam. Em Portugal a resposta foi imediata, com um exemplo paradigmático na Plataforma de Apoio aos Refugiados, que agrega um conjunto de organizações disponíveis e com conhecimento na receção de refugiados.

Várias organizações e também cidadãos solidários têm-me dirigido perguntas sobre a demora de operacionalização do mecanismo. Com uma vasta estrutura montada no terreno, cada vez mais frustrados e preocupados com as condições que os refugiados poderão ter de enfrentar no inverno que se avizinha, apelam à importância de agir rapidamente.

Assim, cumpre perguntar à Comissão:

1. A que se deve este atraso na implementação das Decisões do Conselho?
2. O que é necessário para assegurar a sua rápida implementação?
3. Durante este período, o que podem fazer organizações não-governamentais e também cidadãos voluntários?