2015 foi um ano difícil para os Direitos Fundamentais

O Parlamento debateu o relatório anual dos direitos fundamentais 2015.

Carlos Coelho começou por assinalar que "o ano de 2015 foi particularmente difícil para os Direitos Fundamentais na União" acrescentando “apesar de se registarem algumas evoluções, permanecem problemas estruturais, encabeçados pelo «famoso» dilema de Copenhaga. Assistimos ainda a ataques violentos a outros direitos fundamentais, como a segurança e a liberdade de expressão. Não menos importante, fomos confrontados com um grande número de pessoas nas nossas fronteiras. Também aqui, está na nossa matriz o direito ao asilo e o direito à vida

O social-democrata continuou sublinhando que "com efeito, a União não pode permitir que qualquer um dos seus Estados-Membros desrespeite os critérios fundamentais para a sua adesão. Se é certo que cada novo governo pode alterar legitimamente as suas políticas, também é claro que novas maiorias não podem alterar a natureza do Estado, colocando em causa valores tão fundamentais como o Estado de Direito. Fomos assolados por atentados terroristas que nos devem fazer refletir sobre a promoção dos valores universais que nos unem. Por outro lado, o Parlamento deu passos determinados já em 2016, mas ainda muito continua por fazer tanto no que respeita às nossas responsabilidades humanitárias, como no sistema europeu comum de asilo ".

O Deputado do PSD concluiu deixando um alerta: "Os direitos fundamentais são de facto a trave mestra da União, a matriz dos nossos valores. Contudo, é através de todas e cada uma das políticas europeias que os concretizamos e lhes atribuímos conteúdo. Por isso o nosso trabalho é tão importante e tão exigente".