O Parlamento Europeu aprovou hoje, em Bruxelas, o relatório Papadopoulou sobre "Generocídio: as mulheres em falta?" que contou com o apoio do Deputado Carlos Coelho.
O assassínio em massa, sistemático, deliberado e selectivo de mulheres continua a ser um problema crescente em vários países. De acordo com dados recentes das Nações Unidas, são quase 200 milhões as mulheres vítimas de generocídio.
Generocídio é um vocábulo neutro em termos de sexo que refere o assassínio deliberado de pessoas pertencentes a determinado sexo, em razão do género.
Carlos Coelho lamentou o facto da "cultura de preferência de filhos do sexo masculino continuar a prevalecer em algumas sociedades, em muitos casos acompanhada de outros défices democráticos em termos de acesso à educação, saúde, emprego, saneamento básico, assistência social, etc".
O generocídio é um crime grave, constituindo uma grave violação dos direitos humanos, pelo que é necessário e urgente proceder a uma abordagem adequada de forma a erradicar todas as causas fundamentais que dão origem a esta cultura patriarcal.
O Eurodeputado social-democrata, Membro da Comissão das Liberdades Civis, Justiça e Assuntos Internos frisou, em Estrasburgo, ser "inaceitável que em pleno século XXI ainda exista este tipo de comportamentos, alicerçados num enorme défice democrático e legislativo, acarretando sérias consequências jurídicas, éticas, sociais e em matéria de Direitos Humanos" acrescentando ser "fundamental que sejam introduzidas medidas que promovam alterações profundas das mentalidades e das atitudes contra as mulheres, com especial atenção para as causas culturais e socioeconómicas do fenómeno, bem como garantir a criminalização deste tipo de comportamentos em todas as sociedades e uma monitorização mais eficaz da aplicação da regulamentação vigente".