O Parlamento Europeu votou hoje em Estrasburgo um Relatório sobre as prioridades e definição de um novo quadro político comunitário em matéria de combate à violência contra as mulheres.
"Condeno veementemente qualquer forma de violência contra homens, mulheres ou criançase associo-me a qualquer iniciativa que permita prevenir e combater este flagelo, bem como proteger as suas vítimas", afirmou Carlos Coelho
O eurodeputado declarou assertivamente que "são inaceitáveis os números revelados em alguns estudos sobre a violência na Europa, em que 26% das crianças e jovens já foram alvo de casos de violência física, ou que entre um quinto e um quarto da população feminina foi vítima de actos de violência física pelo menos uma vez durante a sua vida adulta e que mais de um décimo sofreu de violência sexual com uso de força".
De facto, o número de mulheres vítimas de violência é alarmante, contribuindo para tal as enormes disparidades existentes entre as políticas e legislações de cada Estado-Membro, que permitem que as mulheres não possam usufruir do mesmo nível de protecção no espaço europeu.
Ao concluir o Carlos Coelho frisou ser "crucial que a legislação europeia assegure uma protecção abrangente e consistente da integridade das mulheres através da adopção de um acto jurídico abrangente que permita combater todas as formas de violência contra as mulheres, complementado por toda uma série de medidas em vários domínios diferentes, de natureza política, social e jurídica".