O Deputado Carlos Coelho subscreveu uma Declaração Parlamentar Escrita em favor das campanhas de vacinação que conta com Deputados de diferentes grupos políticos e nacionalidades como a portuguesa Marisa Matias, a francesa Françoise Grossetête e o italiano Giovanni la Via.
De acordo com os dados constantes do «Global Burden of Disease Study» (estudo sobre o peso mundial da morbilidade), somente em 2013 foram registados cerca de 150.000 casos de sarampo.
Na UE, 85 % dos pacientes que contraíram esta doença infeciosa não tinham sido vacinados.
A diminuição do número de crianças que são vacinadas está a provocar o reaparecimento de doenças pediátricas como o sarampo e a rubéola.
Parece estar em risco o objetivo de erradicar estas infeções, que são particularmente perigosas pois podem dar origem a deficiências e ameaçar a vida dos pacientes devido às complicações que surgem associadas à doença.
Os parlamentares lamentam "que recentemente, várias campanhas de desinformação conduziram a um aumento da hostilidade face às vacinas, que são consideradas responsáveis pelo aumento do autismo ou de outras doenças incapacitantes, tais como a miofascite macrofágica", e sublinham que "os Estados-Membros são responsáveis pelas políticas de prevenção, mas seguem diferentes orientações e abordagens regionais. A UE deve, portanto, garantir que são prestados cuidados às pessoas mais vulneráveis, nomeadamente as crianças, através da criação de um quadro que lhes permita desempenhar um papel fundamental na sociedade".
Os subscritores "apelam à Comissão para aplicar as recentes conclusões do Conselho relativas às vacinações enquanto instrumento eficaz para a saúde pública, a promover o Plano de Ação de Vacinação Europeu para 2015/2020 e a sensibilizar os cidadãos europeus para os benefícios de uma abordagem preventiva para a saúde, salvaguardando a liberdade de escolha no que se refere à administração de vacinas não obrigatórias nos Estados-Membros e para implementar um plano de apoio para promover uma nova sensibilização sobre os benefícios da vacinação e o impacto social das doenças com efeitos incapacitantes, trabalhando em conjunto com a comunidade científica, a fim de combater qualquer resistência cultural".
Uma Declaração Parlamentar Escrita é um mecanismo que permite, mesmo na ausência de um debate, que mais de metade dos Deputados mandatem o Presidente do Parlamento a exprimir em nome deste, as preocupações que constam no seu texto.