Carlos Coelho defende estratégia para a integração do povo cigano

O Parlamento aprovou, hoje em Estrasburgo, o Relatório de Iniciativa do Parlamento Europeu sobre a estratégia da UE a favor da integração dos ciganos que contou com o apoio do Deputado Carlos Coelho.

 

Carlos Coelho manifestou o seu apoio à Relatora Livia Jároka "quando defende uma política coordenada da UE que promova a integração dos cidadãos europeus que pertençam à etnia Roma (10 a 12 milhões, estimativas do Conselho da Europa), que preveja a adopção de medidas anti-racistas e anti-discriminatórias que permitam complementar a legislação existente, ao mesmo tempo que deverá ser assegurada a sua implementação e correcta aplicação".

 

"É necessária uma solução europeia comum para um problema europeu comum, que contemple uma abordagem intersectorial integrada e que permita um apoio e uma intervenção específica nas zonas mais subdesenvolvidas e com graves desvantagens estruturais", defendeu o eurodeputado português responsável pelas áreas das Liberdades Civis.

 

Grande parte dos milhões de ciganos – a maior minoria étnica da UE – luta contra um nível intolerável de exclusão social e económica, violações dos direitos humanos e discriminação na vida pública e privada, nota o relatório hoje aprovado pelo Parlamento Europeu.

 

O social-democrata notou a importância "de medidas que possam responder às necessidades específicas dos Roma e promover a sua inclusão socioeconómica, como é o caso do direito ao trabalho, a habitação, à educação, a cuidados de saúde, entre outras" afirmando que "a integração dos Roma, para além do seu cariz humanitário, deverá igualmente permitir um aumento da população activa que suporta o sistema de segurança social, reduzir as prestações sociais e de saúde que o Estado assegura às pessoas que vivem na pobreza, sem esquecer a possibilidade de redução das taxas de criminalidade".

 

Neste sentido os eurodeputados instam a Comissão Europeia a apresentar, na estratégia, "um roteiro para a introdução de normas mínimas vinculativas a nível da UE para os domínios prioritários relativos à educação, ao emprego, à habitação e aos cuidados de saúde".

 

Carlos Coelho ressalva que "essa integração deverá ter em linha de conta a defesa das crianças e o respeito pela lei".