Carlos Coelho foi um dos redactores da Resolução do Parlamento Europeu sobre o apoio ao Haiti na sequência do terrível terramoto de 12 de Janeiro.
O Deputado português começou por "dar uma palavra de agradecimento aos profissionais da UE cujo trabalho desenvolvido, de imediato (através do Monitoring and Information Centre) contribuiu para salvar vidas e atenuar necessidades urgentes no terreno (saúde, higiene, vestuário, etc) provando assim que o investimento exigido pelo PE, ao longo destes anos, tem os seus efeitos práticos positivos."
Carlos Coelho defendeu porém que "tal como no pós-tsunami asiático, é necessário tirar lições do sucedido" e defendeu que a Comissão Europeia deve apresentar o mais rapidamente possível, no seguimento do Relatório Barnier de 2006, medidas legislativas de criação de uma Força de Protecção Civil da UE, única, independente e permanente, capaz de realizar missões de salvamento bem como garantir uma abordagem integrada da assistência, reabilitação e desenvolvimento."
A resolução do PE considera que "a UE deve dar agora prioridade ao auxílio aos esforços de reconstrução e à melhoria da situação humanitária, dando ênfase especial aos grupos vulneráveis, em particular as mulheres e as crianças, e dando abrigo, assistência médica, apoio logístico e comida e exorta os Estados-Membros a estarem preparados para satisfazerem os pedidos da ONU de mais assistência."
Os Deputados sublinharam também "que as crianças não acompanhadas e separadas devem, tão depressa quanto possível, dispor de serviços destinados a promover o reagrupamento com os pais e dos usuais serviços de apoio à infância, exortam a UE e a comunidade internacional a avaliar a necessidade de um plano coordenado para lidar com os milhares de crianças órfãs causadas pelo terramoto., salienta o risco grave de ocorrência de incidentes relacionados com o tráfico de seres humanos e Insta a UE a apoiar uma moratória temporária sobre novas adopções de crianças do Haiti até dois anos depois de os esforços de busca se terem iniciado. " A UE deve "envidar todos os seus esforços para proporcionar às crianças a satisfação das suas necessidades básicas e para pôr em funcionamento escolas temporárias, prestando-lhes aconselhamento com carácter de urgência", dizem os eurodeputados.