O Parlamento Europeu debateu, em Estrasburgo, o Futuro da Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia (Frontex) e do Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo. O debate ficou marcado pela tragédia ocorrida nos últimos dias, com mais de 300 mortos no mediterrâneo.
Carlos Coelho, manifestou o seu pesar pela tragédia, acrescentando: "Já o disse várias vezes nesta câmara: salvar vidas tem de ser uma prioridade!".
Continuou, reconhecendo a importância do debate "É evidente que temos de discutir políticas de longo prazo e atacar de forma clara as raízes deste fenómeno: cooperando com países terceiros, criando corredores de migração legal, envidando todos os esforços para que os nossos irmãos africanos não estejam dispostos a colocar a própria vida em risco para fugirem dos seus países".
No entanto, lembrou que o problema não será de resolução imediata e que "a pressão migratória não parece dar sinais de diminuir, a avaliar pelas informações divulgadas pela Frontex".
O social-democrata lembrou por fim que já em Outubro se mostrou preocupado com o final da operação "Mare Nostrum": "Em Outubro solicitei à Comissão Europeia mais informações sobre os meios e raio de acção da operação Tríton, alertando que poderia colocar em causa milhares de vidas. A resposta foi: confidencial. Pois a tragédia de hoje tornou público que os meios não são manifestamente suficientes. Hoje tornou-se público que a solidariedade que funda esta União nem sempre é posta em prática".
Perante mais esta tragédia, o deputado exigiu acção imediata: "o que pretende a Comissão fazer? É evidente que temos de agir. E já!"
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