O Parlamento Europeu, em sessão plenária, debateu hoje a nova Guarda Europeia de Fronteiras e Costeira, que prevê a criação de uma força de 10.000 guardas e para a qual, já em 2021, Portugal terá de disponibilizar 121 agentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Carlos Coelho falou em nome do Partido Popular Europeu (PPE).
Carlos Coelho, a propósito da nova força de 10.000 guardas, começou por alertar que “metade daqueles dez mil guardas serão provenientes dos Estados-Membros. Estão os Estados-Membros preparados para cumprir com as suas obrigações? Portugal está preparado para enviar, já em 2021, 110 inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras?”.
O Deputado PSD notou ainda que “a Agência terá um papel reforçado na gestão e execução de decisões de retorno de pessoas que não têm direito a estar no território. Hoje, incrivelmente, as decisões efetivamente executadas são menos de um terço das emitidas, excluindo Portugal, onde não se conhecem estatísticas sobre estas decisões”.
O Social-democrata sublinhou que estamos perante "um passo histórico para uma proteção verdadeiramente partilhada das nossas fronteiras externas comuns. Um passo histórico para Schengen, para a segurança e livre circulação na Europa” mas acrescentou que “receio que uma vez mais estejamos a prometer ao nível europeu o que os Estados não vão permitir”.
Pode assistir ao vídeo da intervenção de Carlos Coelho aqui