O Parlamento Europeu debateu hoje em Estrasburgo uma Resolução sobre o 25.º aniversário da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, no qual interveio o Deputado Carlos Coelho
Para o social-democrata, Membro da Comissão das Liberdades, Justiça e Assuntos Internos, "é um bom momento para voltar a colocar na ordem do dia as Crianças e a defesa dos seus Interesses e Direitos" ressalvando que "apesar da importância de todos os temas discutidos neste Parlamento, creio que todos concordarão que esta será uma das prioridades que mais consenso pode gerar".
Carlos Coelho realçou que a acção da União neste domínio não é uma novidade não deixando porém de realçar a necessidade de se ser ainda mais ambicioso -"Não nos podemos satisfazer com o facto de todos os Estados-Membros da União Europeia terem já ratificado a Convençãoda ONU e os demais protocolos adicionais. Temos de assegurar que, na prática, se executa o que legalmente subscrevemos", afirmou.
Entre as várias prioridades a combater realçou o cyberbullying, a violência infantil, a pornografia infantil e a mutilação genital -"Nenhuma tradição, cultura ou religião deve poder servir de justificação para a violência contra as crianças" bem como "a promoção de melhores condições para as crianças mais desfavorecidas, inseridas em famílias com menos recursos ou em comunidades mais pobres e o ajustamento dos nossos sistemas de Justiça para tratar de crianças e dos sistemas de Educação na inclusão e combate ao abandono escolar precoce".
Carlos Coelho manifestou o seu apoio claro a esta Resolução aprovada hoje pelos parlamentares europeus que adopta uma visão global, abordando todas as questões necessárias a melhor proteger as nossas crianças afirmando ao concluir que "não esquecemos que quase sete milhões de crianças com menos de cinco anos morreram em 2012 de causas que podiam ter sido prevenidas e evitadas; que cerca de 170 milhões de crianças são sujeitas a trabalho infantil, que um quarto de milhão são crianças soldados. Não podemos deixar de condenar de forma vigorosa a doutrinação e a utilização de crianças para actividades terroristas ou de índole militar".
Uma Europa que não se preocupasse com as nossas crianças, seria uma Europa de costas voltadas para o futuro.