O Parlamento Europeu aprovou hoje, em Estrasburgo, o Relatório sobre Salvar Vidas: reforçar a segurança dos veículos na UE que contou com o apoio do eurodeputado Carlos Coelho.
Carlos Coelho, responsável pelo Partido Popular Europeu (PPE) no Parecer dado pela Comissão do Mercado Interno e Protecção dos Consumidores a este Relatório de Iniciativa, destacou que “para atingirmos o objectivo de «zero vítimas» até 2050 temos que avançar com medidas concretas e eficazes em articulação com os Estados-Membros na segurança dos veículos, nas infraestruturas rodoviárias e no comportamento dos condutores”.
Não obstante os resultados alcançados no passado que fazem das estradas europeias as mais seguras, todos os anos cerca de 25.000 pessoas perdem a vida nas estradas europeias, enquanto perto de 135.000 ficam gravemente feridas.
“É um flagelo que afecta todos os anos centenas de milhares de famílias. Ainda há muito a fazer desde o combate ao álcool na estrada, à remodelação das infraestruturas e desenvolvimento de planos de mobilidade seguros para peões e ciclistas, até à obrigatoriedade de sistemas de assistência ao condutor, como o sistema eCall, que já é uma realidade”, destacou o social-democrata na sua intervenção em sessão plenária.
Carlos Coelho frisou que “a segurança rodoviária não pode, por princípio, ser apenas para aqueles que dispõem de mais dinheiro. Não devem ser apenas os carros de gama superior a dispor de mecanismos de assistência oferecidos pelos fabricantes como a travagem de emergência, o controlo de pressão de pneus, os sistemas de colocação de cinto no banco de trás, etc.”.
“Há que tornar obrigatório para todos os veículos a existência destas tecnologias que ajudam a reduzir a mortalidade na estrada. Há 10 anos a indústria usava o argumento que o eCall gratuito para todos os veículos de passageiros representaria um cataclismo no preço dos veículos: não se verificou.
Um simples sistema automático de ajustamento do cinto de segurança obrigatório para evitar lesões no pescoço pode salvar milhares de vidas e tem um custo irrisório”.
Ao concluir Carlos Coelho afirmou esperar que a Comissão Europeia siga as recomendações do Parlamento explanadas neste Relatório de modo a que se possa legislar inteligentemente para mudar o paradigma de mortes por ano nas estradas europeias, de 25.000 para zero.
Assista à intervenção do Deputado Carlos Coelho no plenário do Parlamento Europeu aqui.