A Deputada do PSD Regina Bastos defendeu, hoje, em Estrasburgo que, "estamos perante o desafio de reduzir drasticamente a taxa de mortalidade do cancro da mama na UE mas também de eliminar as disparidades entre os Estados-Membros no que diz respeito à qualidade dos cuidados de saúde e por conseguinte, das possibilidades de sobrevivência das mulheres".
Num debate, no Plenário do Parlamento Europeu sobre o cancro da mama na União Europeia, Regina Bastos defendeu que "devemos agir a diversos níveis:
Primeiro - A Prevenção e a Despistagem
É urgente promover campanhas de sensibilização demonstrando que um diagnóstico precoce da doença aumenta as probabilidades de cura.
Deverão, por isso, os Estados-Membros pôr em prática modelos de despistagem bienal para as mulheres entre os 50 e 69 anos como foi recomendado nas Directrizes Europeias sobre o rastreio mamográfico.
Segundo - O Diagnóstico
Em todos os Estados-Membros deve garantir-se que as mulheres sejam informadas sobre os resultados de uma mamografia no prazo de 5 dias úteis e após diagnóstico, não esperem mais de 4 semanas para iniciar os tratamentos.
Terceiro - O Tratamento e o Seguimento
As mulheres vítimas do cancro da mama devem ser tratadas por equipas interdisciplinares que tenham recebido e que continuem a receber uma formação profissional adequada.
Para superar da melhor forma possível a fase de tratamento, as pacientes devem ter acesso a um acompanhamento psicológico, a cuidados de fisioterapia e a serviços sociais.
Após o tratamento, a fase de acompanhamento médico e emocional é essencial.
É de sublinhar a importância de se adoptar uma regulamentação sobre os direitos das pacientes que devem ser claramente informadas e envolvidas nas decisões relativas ao seu tratamento, obter um segundo parecer médico e apresentar queixas".
Regina Bastos sublinhou que "o número de casos de cancro da mama tem aumentado a um ritmo assustador na UE - no ano 2000 foram diagnosticados 216.000 novos casos e a doença foi responsável por 79.000 mortes - sendo, em Portugal, a principal causa de morte entre as mulheres acima dos 45 anos. Anualmente, surgem em Portugal 3.500 novos casos de cancro mamário e todos os dias morrem 5 mulheres com esta doença".
Por isso, Regina Bastos saudou este relatório do PE que "alerta para os números alarmantes deste tipo específico de cancro quer na Europa quer no mundo, e nos convoca a todos a agir com urgência e fazer da luta contra o cancro uma das prioridades essenciais da política de saúde da UE".
Regina Bastos terminou a sua intervenção "com uma nota de esperança dizendo que um dia vamos ser capazes de combater e erradicar esta doença! Assim, acrescentou, aproveitemos bem não só a verba de 400 milhões de euros para a investigação no domínio do cancro disponibilizada pelo Sexto Programa-Quadro de Investigação, mas também o novo Programa de Acção no domínio da Saúde 2003-2008 para desenvolver iniciativas e projectos inovadores".