A Deputada do PSD Raquel Cardoso defendeu hoje, em Estrasburgo, que a União Europeia deve disponibilizar "todos os meios necessários para a prevenção e tratamento" da epidemia de gripe aviária.
Raquel Cardoso afirmou que "temos o dever de actuar no sentido de contribuir para uma responsabilização determinada nas políticas de saúde face a mais esta 'nova' doença, perante a qual nos sentimos impotentes", sendo urgente perceber "se outros animais da nossa cadeia alimentar não correm os mesmos riscos, como há poucos dias eram referidos os porcos como sendo dos mais vulneráveis a este tipo de vírus".
Na sua intervenção no Plenário do Parlamento Europeu, Raquel Cardoso começou por referir "o efeito e o impacto na população mundial provocados pela pneumonia atípica durante grande parte do ano passado".
Para a Deputada social democrata, "a impotência prolongada dos especialistas face a esta epidemia gerou um novo tipo de insegurança que se traduziu num número elevado de vítimas, em primeiro lugar, e num clima de instabilidade perante a sociedade, porque pôs em evidência o risco de vida de todos os que pudessem contrair a doença".
Entendendo que "a vida e a saúde são os bens mais preciosos de que dispomos", Raquel Cardoso manifestou preocupação "face a esta nova epidemia -a gripe cujo vírus é proveniente das galinhas e para o qual ainda não foi encontrada solução. De acordo com estudos revelados recentemente pela comunidade científica, apenas existe uma certeza: é altamente contagioso".
Interrogando-se sobre o que fazer para contrariar este novo vírus, Raquel Cardoso questionou a eficácia da aplicação de vacinas bem como a tentativa "de delimitar ou placar de bairros, cidades ou países à comunicação com o exterior", como se fez há 80 anos, com os resultados que se conhecem.
Questionando-se ainda sobre as condições de segurança em que se comercializam estas carnes por todo o mundo, Raquel Cardoso afirmou ser necessária "informação mais completa, para que ao menos não se instale o pânico na população em geral".