Relações UE/Rússia: Assunção Esteves afirma que a Europa não se pode demitir de um papel pró-activo na defesa dos direitos do homem

A Deputada do PSD Assunção Esteves afirmou, em Estrasburgo, que "a Europa não pode pensar-se apenas em si mesma. Não pode demitir-se de um papel pró-activo de defesa, em todas as frentes, dos direitos humanos, o qual define ao mesmo tempo a sua natureza e o seu destino".

Assunção Esteves que participou hoje na reunião da Delegação UE-Rússia do Parlamento Europeu, em que foi debatida a preparação da visita a Kalinegrado de uma delegação parlamentar, levantou uma questão que considerou valer "para todos os contextos. Ao traçarmos a agenda das nossas visitas, debates e conferências, uma rubrica deve estar sempre presente: os direitos humanos.

A pressão para os direitos humanos, sublinhou a Deputada social democrata, é um dever civilizacional a que não podemos renunciar. O destino da Europa está ligado ao seu papel no mundo. O aprofundamento da identidade europeia liga-se também a esta pedagogia dos direitos sobre os países terceiros. Ora, os lugares estratégicos para o exercício desta pedagogia são essencialmente as delegações parlamentares bilaterais ".

Assunção Esteves afirmou ainda que "uma perspectiva economicista das relações, neste caso, UE-Rússia, é demasiado redutora. Além disso, o combate à corrupção e ao terrorismo não esgota o extenso e complexo campo da problemática dos direitos humanos. O que está em causa não é apenas a economia, a segurança ou o crime. É muito mais do que isso".

Nesta reunião, Assunção Esteves referiu ainda uma "nota curiosa: Kalinegrado, antiga Koenisberg, é o lugar onde nasceu Imanuel Kant, que marcou indelevelmente o pensamento político moderno. Porque é assim, marcou a cultura moderna europeia. Nesse sentido, a visita é também como que uma celebração. Também nós, europeus, nascemos, de certo modo, em Kalinegrado".