Espaço Liberdade, Segurança e Justiça
O Espaço de Liberdade, Segurança e Justiça foi introduzido pelo Tratado de Amesterdão como objectivo da União, por forma a que seja "assegurada a livre circulação de pessoas, em conjugação com medidas adequadas em matéria de controlos na fronteira externa, asilo e imigração, bem como de prevenção e combate à criminalidade".
3. As Novas Orientações Políticas 2015 - 2020 - O Futuro do Espaço de Liberdade Segurança e Justiça
Apesar do ELSJ ficar, com o Tratado de Lisboa, submetido ao método Comunitário, ao Conselho continua confiado o papel de emitir orientações de estratégias políticas e operacionais. Assim, apesar do Parlamento Europeu e da Comissão terem um papel crucial, o Conselho aprovou as prioridades para 2015-2020 a 27 de Junho de 2014.
Prioridades Horizontais
- Maior ligação entre as políticas domésticas e a política externa da união
- Consolidar, transpor e colocar em prática os instrumentos já aprovados
- Intensificar a cooperação operacional, fazendo uso das tecnologias de informação
- Aumentar o papel das Agências Europeias
- Garantir a protecção e promoção dos Direitos Fundamentais, incluindo um forte quadro geral de protecção de dados, tendo em conta as questões de segurança.
Prioridades Sectoriais
- Políticas eficientes de migração, asilo e fronteiras guiadas pelo Princípio da Solidariedade e de uma justa repartição do ónus.
- Transposição e implementação do Sistema Europeu Comum de Asilo (SECA)
- Reforçar e expandir os Programas Regionais de Protecção
- Estabelecer uma política comum de retorno
- Dar seguimento às acções identificadas pelo grupo de Missão para o Mediterrâneo
- Gestão Integrada das Fronteiras Externas, através de um sistema de entrada e saída e um programa de viajantes registados
- Reforçar o apoio operacional providenciado pela Frontex, utilizando plenamente o EUROSUR
- Estudar a possibilidade de desenvolver um Sistema Europeu de Guardas de Fronteira
- Modernizar a política comum de vistos e implementar o novo Sistema de Governação Schengen
- Garantir uma genuína área de segurança, através de cooperação policial, combate e prevenção do crime organizado e terrorismo e reforçar o papel de coordenação da Europol e Eurojust
- Revisão e actualização da Estratégia de Segurança Interna
- Melhorar a troca de informações entre policias e autoridades judiciárias e administrativas, incluindo registos criminais
- Desenvolvimento de uma Estratégia Global para a cybersegurança e cybercrime
- Prevenção da radicalização, extremismo e foreign fighters, através da utilização dos instrumentos e existentes e do desenvolvimento de novos instrumentos como o registo de Identificação de passageiros
- Garantir o bom funcionamento de uma área europeia de Justiça, respeitando os diferentes ordenamentos nacionais e aumentar a confiança mútua:
- Simplificar o acesso dos cidadãos à justiça, promover vias de recurso efectivas e e-justice
- Continuar esforço para reforçar os direitos dos arguidos e suspeitos
- Examinar o reforço dos direitos das pessoas, em particular das crianças, sobretudo na execução de decisões no âmbito do direito da família, civil e comercial
- Reforçar a protecção das vítimas
- Melhorar os procedimentos de reconhecimento mútuo de decisões judiciais
- Melhorar a troca de informações entre as administrações públicas
- Continuar as negociações para a criação de um Procurador Público Europeu
- Facilitar a cooperação operacional entre polícias
- Utilizar a capacidade técnica das agências europeias, tais como a Eurojust e a Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia.