Carlos Coelho foi um dos Deputados do PPE-DE que apoiou esta tomada de posição contrariando assim a posição oficial do PPE-DE. Para o Deputado português é "preocupante a proposta de Regulamento que, entre os métodos de rastreio de passageiros permitidos nos aeroportos da UE, prevê a utilização de scanners corporais, ou seja, de máquinas que permitem visualizar uma imagem de uma pessoa praticamente nua, ou seja despindo os passageiros." Segundo Carlos Coelho, esta medida, "não é meramente técnica, tem consequências importantes para o direito à privacidade, a protecção dos dados e a dignidade das pessoas." Na sua opinião, não existem condições para que uma "decisão seja tomada já, que o Parlamento Europeu ainda não dispõe de toda a informação essencial", afirmando ainda que cabe "à Comissão Europeia avaliar as repercussões da medida proposta nos direitos fundamentais, ouvir o parecer das autoridades independentes de protecção de dados e proceder à avaliação científica e médica das eventuais consequências de tais tecnologias para a saúde." Para Carlos Coelho é essencial "procurar outras soluções técnicas que possam permitir o mesmo tipo de análise de objectos transportados pelos passageiros sem obrigar a estes exames vexatórios". "Tomar qualquer decisão sem que tudo isto se faça é uma precipitação que os cidadãos europeus não compreendem e mais um passo numa escalada securitária que despreza valores essenciais das liberdades individuais e da dignidade da pessoa humana" termina Carlos Coelho.