Carlos Coelho é um dos proponentes da candidatura da Oposição Democrática Venezuelana à atribuição do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, distinção que reconhece, anualmente, personalidades ou organizações que lutam pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. O social-democrata, que já havia assinado uma pergunta escrita à Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança sobre a posição da Comissão Europeia face aos acontecimentos dos últimos meses, manifestou a sua solidariedade para com o povo venezuelano e, em particular com os portugueses e luso-descendentes que se mantêm no país.
O Deputado ao Parlamento Europeu declarou que “a situação política, económica e social na Venezuela já deixou de ser preocupante para a vizinhança do país ou alarmante para a comunidade internacional. O que se está a passar é verdadeiramente catastrófico para todos aqueles que defendem o Estado de Direito e os direitos fundamentais. Os conflitos nas ruas têm resultado num número de mortes inaceitável e numa cifra de feridos intolerável, ao mesmo tempo em que a escassez de bens de primeira necessidade tem mergulhado o país num caos social que insta um clima de desespero que, recorrentemente, resulta em violência. Se a isto acrescentarmos as violações às liberdades fundamentais de expressão, de imprensa e de manifestação, concluímos que o regime de Nicolás Maduro não tem outro nome que ditadura”. O social-democrata acrescentou que “a situação particular da comunidade portuguesa no país deve preocupar-nos a todos. Mais de quatro mil pessoas já regressaram a Portugal, sobretudo à Madeira. E os nossos compatriotas e luso-descendentes que se mantêm no país? Não interesse de que lado estão, mas que condições de segurança e integridade estão garantidas”.
O Eurodeputado questionou a Comissão Europeia, com outros parlamentares, sobre a posição da Comissão acerca da possibilidade de sanções ao regime de Maduro e sobre as diligências diplomáticas que estão em curso. Pode consultar a pergunta aqui.
Sobre a proposta para o Prémio Sakharov, Carlos Coelho referiu que “ao longo destes meses, a Oposição Democrática Venezuelana tem-se manifestado pela defesa dos direitos humanos dos cidadãos, quando se estima que haja 439 presos políticos na Venezuela. O facto desta candidatura ser finalista envia um sinal claro a Maduro: tudo tem de mudar e tem de se abrir espaço para eleições democráticas e para as reformas de regime que o povo venezuelano exige”. Os outros dois finalistas são a guatemalteca Lólita Chávez (activista de direitos humanos) e o jornalista sueco-eritreu Dawit Isaak.