A Delegação do Parlamento Europeu chegou a Timor a 25 de Agosto e ali permanecerá até 3 de Setembro.
Para Costa Neves "são inerentes à qualidade de 'observador' as condições em que se realizarão as eleições, nomeadamente a verificação da forma como decorre o acto eleitoral, tendo em conta vários parâmetros, entre os quais se distingue a qualidade dos cadernos eleitorais, o grau de informação dos eleitores, as condições para a livre expressão de vontade dos eleitores e a fiabilidade do processo de apuramento dos resultados.
O exercício de tais funções implica a permanência durante alguns dias no território onde se realiza o acto eleitoral, já que exige a verificação de condições antes do acto eleitoral, o controle do mesmo e o acompanhamento do processo de contagem dos votos".
Ao integrar esta Delegação do Parlamento Europeu, O Deputado Costa Neves passa a ser o único membro do Parlamento Europeu que integrou todas as três missões que este Parlamento realizou a Timor.
Em Agosto de 1999 acompanhou o referendo ali realizado e que abriu caminho à independência do território, tendo presenciado os últimos dias da administração indonésia no território, a "festa" do voto e a actividade das milícias pró-indonésias e visitado Xanana Gusmão, ainda na prisão de Cipinang.
Voltou a Timor na Primavera de 2000 para verificar a evolução entretanto produzida, visitar os campos de refugiados em Timor Ocidental, contactar as entidades responsáveis pela administração do território e ajuizar das necessidades de apoio a que a União Europeia poderia corresponder.
Integra, agora, a Delegação que estará em Timor no momento histórico da realização do primeiro acto eleitoral da vida política de um novo Estado – O primeiro do século XXI.
Costa Neves manifesta-se convicto que "o acto eleitoral decorrerá no respeito pelos princípios da democracia e tenciona verificar 'in loco' a forma como a União Europeia tem satisfeito os seus compromissos de contribuinte para o desenvolvimento do território".
Recorda-se que Carlos Costa Neves presidiu durante vários anos ao Intergrupo Timor-Leste do Parlamento Europeu, constituído por Deputados de vários grupos políticos que se bateram pela autodeterminação de Timor-Leste no período da ocupação indonésia e que estiveram na base de várias Resoluções aprovadas pelo Parlamento Europeu.