O Parlamento Europeu, com os Parlamentos Nacionais, debateu a terceira Reforma do Sistema Europeu Comum de Asilo com o Comissário para a Migração, Assuntos Internos e Cidadania e a Presidência Maltesa do Conselho de Ministros da UE.
Carlos Coelho começou por recordar os dados desta tragédia humanitária: "2016 foi o ano com o maior número de mortes no Mediterrâneo. Este ano, o número de mortes por cada 1000 pessoas é já superior ao do ano passado. Nas palavras de Enrico Letta, que o Mare Nostrum dos Romanos não se transforme no nosso Mare Mortum”.
O social-democrata afirmou que "não é por isso demais sublinhar a importância de alcançarmos um Sistema Europeu Comum de Asilo que seja realmente Europeu, que seja realmente comum, enfim, que funcione realmente.
Internamente, esta é a grande reforma de fundo. E o pivot desta mudança é a nova Agência Europeia para o Asilo. Porque sejamos claros: não queremos transformar o atual Gabinete de Apoio numa Agência que apoia. Queremos uma Agência forte. Uma agência que possa contribuir para a prevenção de crises como esta, que possa garantir que os Estados-Membros assumem as suas obrigações, que possa ajudar em casos extremos".
Carlos Coelho concluiu dirigindo-se ao Conselho: "a minha pergunta, centra-se,contudo, no mecanismo de recolocação. A recolocação é um exemplo perfeito do problema central na gestão desta crise: há ação da União, mas depois os Estados-Membros não atuam. Sr. Ministro, porque é que a recolocação continua a não funcionar?".