Para as Pessoas: Carlos Coelho sublinha dimensão social de Manuela Ferreira Leite

27 de Maio, 2008

PARA AS PESSOAS

 

Ao ler os apoios em www.manuelaferreiraleite.pt encontrei o depoimento da Profª Manuela Teixeira, temível dirigente sindical, que escreveu: “MFL sempre respeitou os professores.  Combati-a como Ministra.  Sempre a respeitei como Pessoa”.  Não me surpreendeu ver o seu apoio qualificado à candidata que eu também apoio.

 

Confesso que não sou um observador imparcial ao escrever sobre a Dra. Manuela Ferreira Leite.  Tive o privilégio de trabalhar com ela quer no Governo quer, mais tarde, no Parlamento quando o PSD estava na oposição.  Pude testemunhar em diferentes circunstâncias as suas grandes qualidades políticas e humanas.

 

Muitas delas são reconhecidas generalizadamente.  Outras, porventura, nem tanto.  Frequentemente a imagem pública não permite descortinar todos os traços da personalidade e do carácter.

 

Quem se concentra na sua figura franzina pode induzir-se em erro.  Manuela Ferreira Leite é uma senhora de invulgar capacidade de trabalho e grande resistência física.  Extenuantes reuniões, negociações prolongadas, dossiers intermináveis não abeatem nem desencorajam uma resistente Senhora que não raras vezes é, de toda a equipa, a que menos cede à erosão do cansaço.  Durante esta campanha interna era a única que não se queixava quando horários apertados ou atrasos indesejados nos obrigavam a prescindir do almoço ou do jantar.

 

Mais conhecida é a sua preferência pelo rigor.  Manuela Ferreira Leite não aprecia improvisos negligentes.  Uma decisão é bem ponderada, o desperdício deve ser combatido e os recursos públicos tratados como escassos e preciosos sendo aplicados de forma justa e parcimoniosa.  Características que decorrem também da imbatível seriedade que todos lhe reconhecem.

 

Ao contrário da caricatura que alguns pretendem colar-lhe, Manuela Ferreira Leite não é a mulher dos cifrões.  Preza o valor da dignidade humana e preocupa-se com as pessoas.  Tem sido ela a sublinhar a existência de uma emergência social, apontando o surgimento dos “novos pobres” e reclamando respostas públicas consequentes.

 

Recordo-me de um interessante livro que me foi sugerido, há já muitos anos, por Helena Roseta.  Chamava-se “A Política é para as Pessoas”.  Uma política britânica, Shirley Williams, escreveu-o;  Manuela Ferreira Leite pratica-o.  Na linha da verdadeira tradição personalista do PSD.  Já Francisco Sá Carneiro ensinava que este deve ser o primado da acção política: “a pessoa humana é o nosso princípio e a nossa meta”.

 

As últimas linhas sublinhadas foram censuradas pelo Diário de Notícias e não publicadas na sua edição de 27 de Maio