A situação política de Chipre dificulta em grande parte o seu processo de adesão.
Desde 1974 que a parte norte do seu território encontra-se ilegalmente ocupada
pela Turquia, também ela candidata à adesão. A parte Norte é uma República independente
auto-proclamada em 1983 sem reconhecimento internacional. As autoridades turcas
têm cometido graves erros em relação a Chipre : envio de tropas turcas, ausência
de liberdade de circulação entre os diferentes territórios, destruição do património
cultural e transferências massivas de colonos turcos para a ilha.
Por seu lado, a parte sul da ilha é uma república independente, democrática
e soberana dotada de um sistema presidencial sem Primeiro-Ministro.
Desde 1993 têm vindo a ser envidados esforços, nomeadamente sob a égide das
Nações Unidas, no sentido de ser alcançado um acordo político entre as duas
partes. O Conselho Europeu de Helsínquia salientou
que uma resolução política da questão cipriota poderá facilitar a adesão deste
país à União Europeia, mas que tal não representava uma condição prévia para
a decisão.
Recentemente, as Nações Unidas apresentaram um Plano de reconciliação que
reconhecia a existência de um Estado soberano, composto por duas entidades
independentes, com base no modelo suíço. Após confirmação da adesão à UE da
parte grega de Chipre no passado mês de Abril de 2003, as autoridades turcas
de Chipre já permitem aos cipriotas gregos passar a "linha verde"
para o lado turco da ilha.