Comissão Barroso II
4. O caso Rumiana Jeleva
Rumiana Jeleva é uma socióloga búlgara que foi Deputada europeia (de 2007 a 2009, integrando o elenco dos primeiros Deputados da Bulgária depois da sua adesāo à UE) e que, posteriormente (entre Julho de 2009 e Janeiro de 2010) foi Ministra dos Negócios Estrangeiros com o Primeiro-Ministro Borisov.
Proposta pelo seu País, o Presidente Barroso indigitou-a para a pasta da cooperaçāo internacional, ajuda humanitária e resposta a situações de crise.
A audição foi agitada, com muitas das questões centradas nas actividades empresariais da candidata e na sua declaração de interesses financeiros.
A ex-Ministra dos Negócios Estrangeiros búlgara viu-se envolvida no centro de uma polémica sendo acusada por alguns grupos políticos de conflito de interesses, alegadas ligações do marido ao crime organizado e de incompetência para ocupar a pasta da Ajuda Humanitária.
Face ao mal-estar criado, ao seu fraco desempenho na audição parlamentar e ao receio de um chumbo a todo o colégio de Comissários, Jeleva Rumiana Jeleva retirou a sua candidatura no dia 19 de Janeiro, antes de a Comissão do Desenvolvimento divulgar a avaliação da candidata e a sua competência para o exercício das funções para as quais fora indigitada.
A saída de Jeleva deu origem a uma guerra política. O Partido Popular Europeu (PPE), principal grupo político no Parlamento Europeu, saiu em defesa de Jeleva, evocando uma manipulação mediática dos outros grupos políticos.
A ainda vice-presidente do Banco Mundial foi designada para a pasta da Cooperação e Ajuda Humanitária e não deixou dúvidas sobre as suas qualidades profissionais e pessoais para ocupar o cargo. Face aos eurodeputados prometeu colocar o Haiti no topo das prioridades, dando o melhor que os europeus podem oferecer.
Georgieva convenceu a tal ponto que alguns deputados perguntam porque é que a Bulgária não a escolheu desde o início, em vez de Rumiana Jeleva.