Carlos Coelho questionou hoje a Comissão Europeia sobre a venda de Laranjas da África do Sul em território europeu que contêm produtos tóxicos e proibidos para a saúde dos consumidores.
No seguimento das notícias veiculadas esta semana na comunicação social portuguesa e espanhola sobre a eventual venda de Laranjas com mais de 50 substâncias activas de produtos fitofarmacêuticos proibidas no espaço da União Europeia, Carlos Coelho juntamente com 7 colegas espanhóis do Grupo Popular Europeu ( Esther Herranz Garcia, Gabriel Mato, Ramón Luís Valcárcel Siso, Esteban González Pons, Teresa Jiménez-Becerril, Santiago Fisas Ayxela, Verónica Lope Fontagné ) exigiram esclarecimentos e acção por parte do órgão executivo da União.
O conjunto de Deputados quer saber se a Comissão Europeia considera suspender a importações de cítricos da África do Sul e se considera rever os Acordos existentes com a África do Sul neste domínio.
Para o social-democrata, a confirmarem-se os resultados do estudo realizado pela Unió de llauradors estamos perante um caso grave de saúde alimentar e violação dos direitos dos Consumidores.
Carlos Coelho, Membro efectivo da Comissão do Mercado Interno e Protecção dos Consumidores referiu em Bruxelas “é missão da União Europeia garantir um elevado nível de protecção da vida e da saúde humanas, a proteção dos interesses dos consumidores e práticas equitativas no comércio de alimentos, tendo em conta a saúde e o bem-estar animal, a fitossanidade e a proteção do ambiente”.
“Os consumidores devem ter a garantia de que os alimentos que compram na Europa são seguros, cabendo à Comissão e às suas agências executivas e aos Estados-Membros esse escrutínio, seja através dos controlos obrigatórios ao longo de toda a cadeia alimentar, das regras de rotulagem, do Sistema de Alerta Rápido da UE para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais (RASFF) até à colaboração com os seus principais parceiros comerciais e organizações internacionais para garantir que todas as importações provenientes de outros países se pautam pelas mesmas normas”, afirmou Carlos Coelho
Note-se que não é a primeira vez que são detectadas irregularidades na importação de produtos cítricos com a África do Sul. Este não é apenas um problema de Espanha ou Portugal. “A União Europeia é um mercado único, onde os bens são vendidos livremente. E os alimentos não são exceção. É um problema de 500 milhões de cidadãos europeus” concluiu Carlos Coelho.