O Deputado do PSD ao Parlamento Europeu, Carlos Costa Neves, defendeu hoje, em Estrasburgo que, "por agora, só faz sentido manter as decisões do Conselho, de 16 de Setembro e de 11 de Outubro, que estabeleceram restrições que incluem o embargo à venda de armas, no relacionamento da União Europeia e dos respectivos Estados Membros, com a República da Indonésia".
Para Costa Neves, que interveio no debate em Plenário do Parlamento Europeu sobre a situação na Indonésia, "são evidentes os sinais de mudança neste país. A busca de novos caminhos, balizados por valores universais que caracterizam os Estados de Direito, como o respeito pelos Direitos Humanos, protagonizada pelo Governo do Senhor Wahlid, justificam o apreço da Comunidade Internacional".
É cedo, no entanto, afirmou o Deputado português, "para avaliar da eficácia das intenções... Há perguntas essenciais ainda sem resposta:
- Como é que a Indonésia vai tratar as questões de Aceh, das Ilhas Molucas e da Papua? E como vai resolver a questão dos refugiados timorenses, hoje moeda de troca nas mãos das milícias pró-indonésias?
- Que atitude vai tomar a Indonésia quanto aos crimes perpetrados por militares indonésios em Timor-Leste, onde foram força de ocupação, bem como em algumas províncias indonésias?
- Que papel para as forças armadas indonésias? O adequado num Estado de Direito?"