O Parlamento Europeu discutiu hoje a prevenção da radicalização que tem estado na origem dos mais recentes ataques terroristas.
Carlos Coelho começou por lembrar que "a radicalização não é o resultado de um único fator. É um fenómeno complexo, a que a sociedade da informação veio acrescentar ainda mais elementos ".
O deputado do PSD considerou que como consequência "temos, por isso, de abordar este fenómeno na sua totalidade. Ou seja, olhando para a prevenção, para o sancionamento e para a reintegração. Mas também desenvolvendo um conjunto de medidas transversais, em vários domínios, e cuja eficácia será maior quanto maior for a proximidades aos cidadãos".
Carlos Coelho continuou, exemplificando: “não queremos que as prisões se tornem nem nas Universidades do crime nem nos novos centros de radicalização. Mas também necessitamos de políticas de longo prazo, nomeadamente no âmbito educativo. Por último, não descuremos a reintegração. Desde crianças expostas a ambientes radicalizados até adultos condenados, necessitamos de procurar a sua reintegração, devolvendo-os à sociedade, reaproximando-os dos seus valores fundamentais".
Carlos Coelho concluiu avançando com medidas concretas: “a proposta de alteração do SIS II a apresentar no final deste ano deverá introduzir um conjunto de melhorias que permitam ao SIS contribuir para uma ação mais concertada e eficaz dos Estados-Membros. Apresentei também em sede de Orçamento para 2016 propostas para um projeto piloto no âmbito da desradicalização de crianças e jovens. Espero que tenha sucesso”.