Regina Bastos defende medidas para aumentar participação de mulheres nos parceiros sociais

A Deputada do PSD Regina Bastos salientou, em Estrasburgo, "a insuficiente participação das mulheres a nível dos Parceiros Sociais na União Europeia e as suas consequências na concretização da política de Igualdade de Oportunidades".

Para colmatar o que considerou "um claríssimo défice de representação das mulheres nas estruturas e órgãos de decisão dos parceiros sociais", Regina Bastos destacou, em particular, três medidas :

"1ª - é preciso saber onde estamos e para onde queremos ir.  Daí a necessidade de assegurar a existência de estatísticas que facilitem a apreensão da realidade e que possam fundamentar a elaboração de programas de acção e de relatórios de avaliação;

2ª -  o conhecimento e a formação são a chave do progresso individual e colectivo.   A preparação das mulheres para as tarefas de liderança deve ser por isso uma prioridade. Este objectivo deve passar pela criação de centros para a divulgação de conhecimentos especializados.

3ª - os parceiros sociais devem proporcionar acções de formação de forma a promoverem a sensibilização para a igualdade de oportunidades e  esta questão deve constar sempre na agenda de negociações".

Num debate no Plenário do Parlamento Europeu sobre a representação das mulheres a nível dos parceiros sociais na União Europeia, Regina Bastos salientou o facto de "em Portugal, a taxa de actividade das mulheres ter vindo a aumentar continuamente ( de 38% em 1985 a 44,2% em 1999).  No entanto, considerou, tal evolução não tem tido correspondência ao nível da participação das mulheres nos processos de tomada de decisão e continuam a existir muitas desigualdades.

No que diz respeito ao acesso a funções de chefia, porém, sómente 2% das mulheres ocupam lugares de encarregados e chefes de equipa,  e 3,2%  correspondem a quadros superiores.  Verifica-se também existir uma insuficiente participação das mulheres  na vida sindical em cargos de maior responsabilidade.  Basta atentarmos no seguinte: as portuguesas representam actualmente cerca de 24,5% do total de dirigentes nos sindicatos".

Por último, Regina Bastos recordou "que vários estudos confirmam que o efeito da presença de mulheres nos órgãos de decisão e nas negociações colectivas reflecte-se positivamente na concretização da política de igualdade de oportunidades.  Assim, a sua representação equilibrada a nível dos parceiros sociais tornará o ambiente laboral e a cultura organizativa mais favoráveis".