Sociedade de Informação: Carlos Coelho espera respostas mais claras da Cimeira do Emprego

O Deputado do PSD, Carlos Coelho, considerou "muito importante que o Parlamento Europeu participe no debate sobre a forma como a União Europeia olha para as oportunidades que lhe são abertas pela sociedade da informação".

Carlos Coelho, que usou da palavra em Plenário num debate sobre a Sociedade de Informação, aludindo à mudança de objecto da Cimeira de Lisboa sublinhou "que muitos esperariam da Cimeira do Emprego respostas claras no domínio da luta contra o desemprego" mas defendeu que "é necessário e urgente definir uma estratégia europeia para o sector. Todos sabemos, acrescentou o Deputado social democrata, que também nesta área essencial para o nosso futuro, a UE está muito atrás dos Estados Unidos".

Carlos Coelho sublinhou os 3 principais "défices" no sector, para utilizar "a mesma expressão usada na passada segunda-feira pelo Presidente do Conselho Europeu, António Guterres.

1° O Défice pragmático.

O documento proposto pela Comissão Europeia está cheio de ideias gerais e intenções que merecem o nosso aplauso mas é fraco em medidas concretas e acções consequentes.

Não quero acreditar que as conclusões do Conselho se limitem a esse registo. Nesta matéria, como noutras, o que precisamos não é de mais declarações pomposas e discursos bonitos mas de medidas e decisões que permitam diminuir o fosso que nos separa dos Estados Unidos.

2° O Défice democrático

Também aqui há um défice democrático que já foi maior – reconheça-se – mas que importa combater: a divisão entre os que têm acesso à Net, às novas tecnologias e aos benefícios da sociedade da informação e os que deles são privados ou por razões económicas ou por insuficiência de informação e educação tecnológica.

As apostas no sistema educativo e nas estruturas de transporte de telecomunicações que tornem mais barato, mais rápido e mais potente o acesso à Net são prioridades que devem ser colocadas na primeira linha das nossas preocupações colectivas.

3° O Défice de investimento

Não se pode deixar apenas ao mercado a resposta a estes problemas. No sistema de saúde, na administração pública, na relação entre os Estados e o cidadão, na generalidade dos serviços públicos muito pode ser feito e deve ser feito para fazer a Europa dar o salto qualitativo cuja necessidade todos reconhecemos".