O Deputado do PSD Carlos Coelho afirmou hoje, em Estrasburgo, que "o terrorismo não é um fenómeno novo, mas os trágicos acontecimentos dos últimos anos demonstraram o seu poder destrutivo. Combatê-lo é um dos maiores desafios com que nos confrontamos no século XXI.
Não interessa, acrescentou Carlos Coelho, a forma com que surja, o lugar onde ocorra, quem sejam os seus autores, as justificações apresentadas ou as causas que defendem, todos os actos, métodos e práticas terroristas, não merecem qualquer justificação política ou moral, e devem ser inequivocamente condenadas e combatidas ".
No âmbito de um debate no Plenário do Parlamento Europeu sobre o terrorismo, Carlos Coelho sublinhou que "com os trágicos acontecimentos de 11 de Março, em Madrid, a União questionou a eficácia dos seus instrumentos e políticas e ficou demonstrada a urgência de uma nova abordagem mais dinâmica, sistemática e eficaz.
Foi assim criado o cargo do coordenador da União Europeia na luta contra o terrorismo ".
O Deputado social democrata recordou que "a União Europeia acordou um conjunto de objectivos estratégicos, que devem estar na base da luta contra o terrorismo, que permita manter o equilíbrio entre a segurança colectiva e as liberdades individuais, e que passa por:
- reforço da prevenção, estado de preparação e capacidade de resposta da UE,
- financiamento do terrorismo. Tem-se verificado um aumento significativo das fontes de financiamento. É importante que se melhore o sistema de alertas relativo ao comércio de bens e prestação de serviços, a fim de assegurar um melhor controlo de todos os movimentos suspeitos, mas sem comprometer a dinâmica normal do mercado. Ao mesmo tempo deve ser reforçada a colaboração entre as instituições públicas e privadas, nomeadamente ao nível do sector bancário.
- capacidade reforçada no domínio das informações, que deverá ter em conta as evoluções tecnológicas e que implica a troca de dados e informações pertinentes entre os serviços nacionais sobre quaisquer actos terroristas, incluindo a participação nas actividades de um grupo terrorista mediante qualquer forma de financiamento. É igualmente imprescindível a melhoria do intercâmbio de informações com a Europol.
- prevenção e gestão das consequências e da protecção das infraestruturas críticas no âmbito da luta contra o terrorismo. O que implica a elaboração de normas de segurança mais elevadas. E solidariedade com qualquer Estado Membro que seja vítima de um ataque terrorista, tendo sido criados uma série de sistemas que permitem assegurar uma acção de solidariedade concreta, coordenada e eficaz, em tais situações ".
Carlos Coelho sublinhou ainda a importantíssima "questão da solidariedadepara com as vítimas do terrorismo, quando pessoas inocentes são alvo de assassinatos, raptos, torturas, extorsões, chantagens ou ameaças. São vítimas não só aqueles que perdem a vida ou sofrem na pele esses actos, mas também todos os familiares e amigos e toda a comunidade em geral".