Carlos Coelho defende Agricultura mais eficiente e justa no contexto da segurança alimentar

O Parlamento Europeu aprovou, hoje em Estrasburgo, um relatório sobre o reconhecimento da Agricultura como um sector estratégico no contexto da segurança alimentar, que contou com o apoio do eurodeputado Carlos Coelho.

 

O Deputado Carlos Coelho recordou em Estrasburgo que "alcançar o desiderato da segurança alimentar implica que todas as pessoas tenham permanentemente acesso (físico e económico) a alimentos adequados e seguros e que satisfaçam as suas necessidades alimentares".

 

"A segurança alimentar é um direito humano fundamental!", referiu o social-democrata.

 

Nos dias de hoje estima-se que cerca de 900 milhões de pessoas sofrem de fome crónica e muitos outros tantos não gozam de uma alimentação saudável e suficiente devido a diferentes graus de pobreza, enquanto 2 mil milhões de pessoas não têm uma segurança alimentar genuína e a longo prazo devido a diferentes graus de pobreza. Na Europa, 16 % dos cidadãos vivem ainda abaixo do limiar de pobreza. Apesar da aparente suficiência da oferta, uma percentagem significativa da população mundial não pode pagar os alimentos básicos de que necessita; a acessibilidade dos alimentos continua a ser uma questão-chave por solucionar.

 

Na UE, cerca de 80 milhões de pessoas continuam a viver abaixo do limiar de pobreza e muitas delas são apoiadas através de programas de ajuda alimentar.

 

Carlos Coelho defendeu que "a segurança alimentar passa por uma Política Agrícola Comum forte mas coerente e com preocupações sociais: coerente em não permitir superávites de produção que distorcem o mercado e levantam problemas ambientais; social assegurando que todos os estratos sociais tenham acesso aos alimentos e com qualidade" e congratulou-se com a abordagem da questão da diversidade na agricultura europeia; "competitividade e inovação podem e devem seguir de mãos dadas com a agricultura tradicional, de pequena escala, biológica e de distribuição local. Investimentos financeiros nestes sectores serão fundamentais para um aproveitamento eficaz do solo em certas regiões, bem como investimentos a nível energético que reduzam a dependência entre segurança alimentar e segurança energética" arguiu o eurodeputado.