O Parlamento Europeu aprovou hoje, na sessão plenária em Estrasburgo, o Relatório sobre a Estratégia de Segurança Interna da UE.
O novo panorama criminal caracteriza-se, cada vez mais, pela existência de redes criminosas extremamente móveis e flexíveis, que actuam em várias jurisdições e sectores criminais e auxiliados pelas novas tendências tecnológicas e a utilização generalizada da tecnologia da Internet.
Carlos Coelho, membro efectivo da Comissão das Liberdades, Justiça e Assuntos Internos do PE, frisou que " é essencial que a UE esteja preparada para reagir de forma adequada à medida que as ameaças à segurança emergem e evoluem, com o lógico envolvimento do Parlamento Europeu na definição de orientações políticas e na implementação e avaliação dos resultados e, em que mais do que nunca existe uma enorme necessidade de cooperação entre Estados-Membros para conseguir enfrentar de forma eficaz estes desafios".
Foram, assim, identificadas 5 prioridades, para os próximos cinco anos, que vão desde a luta contra a criminalidade organizada, ao terrorismo, à cibercriminalidade, ao reforço da gestão de fronteiras e da capacidade de resistência da UE às crises e catástrofes.
Carlos Coelho recordou que "se por um lado, é importante reforçar os instrumentos ao dispor da UE para combater a criminalidade, por outro lado, é igualmente importante implementar e aplicar os já existentes, por ex. os Estados-Membros continuam a não aplicar integralmente os instrumentos para o intercâmbio de informações, tal como ainda não foram ratificados e aplicados por tos os Estados-Membros os diversos instrumentos de cooperação em matéria policial e judiciária, um melhor intercâmbio de informações entre a Europol e a Eurojust poderia igualmente contribuir para a prevenção e a repressão de actividades criminosas e terroristas, etc.".