A Roménia assumiu, a 1 de Janeiro de 2019, a presidência rotativa do Conselho da União Europeia, com o lema “Coesão - Valor Comum Europeu”. Carlos Coelho confessa-se desapontado com os resultados da presidência austríaca, no segundo semestre de 2018, e espera que a presidência romena contrarie as baixas expectativas criadas pela situação política interna do país.
O Deputado ao Parlamento Europeu afirmou que “a Roménia tem um problema grave de corrupção no Estado, o que mina o Estado de Direito, valor cimeiro que tem de respeitar, defender e promover quando preside ao Conselho da União Europeia. Este compromisso é particularmente importante quando a União terá de decidir sobre a situação dos direitos humanos e do Estado de Direito na Hungria ou na Polónia. O governo romeno pouco ou nada tem dito sobre este assunto, que parece querer apagar das suas prioridades. A isto acrescenta-se uma situação de instabilidade política que não nos tranquiliza, quando esta será a presidência do Brexit e das eleições europeias. Temos leis europeias de primeira importância para aprovar nestes seis meses e, para tal, precisamos de uma presidência do Conselho empenhada e comprometida em cumprir prazos. Fechar o próximo Quadro Financeiro Plurianual, por exemplo, é prioritário e deve estar concluído antes das eleições europeias. Adiar esta decisão significará, com grande probabilidade, dar um passo atrás, considerando o jogo de forças que adivinhamos no próximo Parlamento Europeu”.
Sobre a presidência do Conselho cessante, protagonizada pela Áustria, o social-democrata recordou que “as prioridades da presidência austríaca pareciam muito claras e demos alguns passos, mas tudo me parece demasiado tímido. A gestão das migrações era apontada como primeiro ponto da agenda e pouco avançámos em dossiers fundamentais como o Sistema Europeu Comum de Asilo. Felizmente conseguimos aprovar a reforma do Sistema de Informação de Schengen, que espero que esteja em plena realização durante este primeiro semestre”.
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