Carlos Coelho promoveu hoje um debate à porta fechada com a presença do Director da Frontex, em que marcaram também presença representantes de diferentes Instituições Europeias, dos vários grupos políticos, academia e sociedade civil. O evento serviu para avaliar as pressões sobre Schengen e a proposta de criação de uma Guarda Europeia Costeira e de fronteiras.
No final do encontro, Carlos Coelho, considerou "essencial agir em conjunto, trabalhar para que a União seja capaz de reagir aos desafios, promovendo a solidariedade e a confiança mútua entre os Estados-Membros. Isso passa necessariamente por reforçar o papel da Frontex, dando-lhes mais poderes". Acrescentando que "soluções egoístas, como a lei adoptada recentemente na Dinamarca, não são solução. Nem tão pouco o que foi hoje anunciado pela Suécia. Temos de expulsar os que não têm direito a ser refugiados, mas temos de fazê-lo de forma concertada e o mais cedo possível. A Suécia devia preocupar-se em contribuir com meios para que logo no início possamos fazer esta triagem. E não em adensar ainda mais o estigma sobre os que realmente precisam do nosso apoio. A Frontex, por exemplo, continua sem ver os seus meios reforçados, apesar das promessas feitas pelos Ministros".
O social-democrata notou ainda que "o relatório - ainda confidencial - anunciado ontem pela Comissão e que identifica deficiências graves nas fronteiras gregas só vem confirmar o que há muito venho dizendo: Schengen tem instrumentos para assegurar o seu funcionamento e detectar as suas deficiências. Não podemos ter medo de os utilizar. Este não é o problema de fundo."
Carlos Coelho terminou realçando que "o encontro foi bastante produtivo e permitiu reunir um conjunto de pessoas, dos vários quadrantes, e fazer uma reflexão séria sobre os desafios que temos pela frente."