O Parlamento Europeu chumbou hoje o Relatório os "Factores que favorecem o apoio ao terrorismo e o recrutamento de terroristas". Carlos Coelho participou no debate em Estrasburgo e foi muito contundente ao afirmar que é lamentável que uma iniciativa europeia - sobretudo sobre esta matéria - "não pode, nem deve servir de palco para a promoção de estratégias eleitorais nacionais" fazendo uma referência clara à utilização deste tema pelos socialistas espanhóis. O PSE quebrou um acordo de emendas de compromisso que tinha com o Relator Mayor Oreja o que levou o Deputado espanhol, Ex Ministro do Interior de Espanha a pedir para ser retirado o seu nome do Relatório pois o seu essencial foi adulterado pelas emendas aprovadas.
O Deputado do PSD, que recentemente presidiu à Comissão do PE que investigou os voos da CIA defendeu que "o combate sem tréguas ao terrorismo deve ser feito dentro da Lei, no respeito pelo Estado de Direito e sem ferir os Direitos Fundamentais"(...)"o terrorismo é seguramente uma das principais ameaças que pesam sobre as pessoas. E acho que desvalorizar essa ameaça não contribui nem para aumentar a segurança nem para a combatermos com eficácia. E por isso votarei contra as emendas que o pretenderem fazer."
Na sua opinião, o terrorismo "não afecta apenas os cidadãos dos países que foram vítimas deste tipo de ataques, mas põe em risco a segurança de todos os outros e semeia o medo e ameaça pelo terror." Segundo Carlos Coelho "o terrorismo é uma manifestação irracional, de fanatismo (seja ele: religioso, nacionalista ou outro) que despreza o valor da vida e da dignidade da pessoa humana."
A União colocou - "e bem" - no topo das suas prioridades o combate ao terrorismo. "Precisamos de uma estratégia global que possa levar ao desmantelamento das redes terroristas. Essa estratégia deverá valorizar a vertente preventiva, incluindo a luta contra o recrutamento de terroristas e contra todos os factores que favorecem a radicalização violenta."
Para Carlos Coelho é "importante analisar e compreender as razões, as causas e os processos que conduzem à radicalização e ao terrorismo, de forma a impedir que indivíduos mais vulneráveis (nomeadamente as faixas etárias mais jovens) possam vir a ser explorados por grupos terroristas. Estamos a falar, também, de jovens que vivem nos nossos Estados Membros e que por falhas nos processos de integração, vivem com frustração e revolta e encontram no fanatismo uma maneira de recuperarem o seu orgulho e autoconfiança."
A terminar concordou que "no quadro da lei e do respeito pela liberdade de expressão, seja combatida a propaganda terrorista destinada a encorajar a perpetração de actos terroristas. "
O Parlamento Europeu acabou por rejeitar por maioria este Relatório dando razão às criticas que foram feitas, entre outros, por Carlos Coelho, de tentativa de politização do Parlamento Europeu com vista a favorecer a campanha de Zapatero em Espanha.