O Deputado do PSD Sérgio Marques considerou hoje, em Estrasburgo, que "uma politica europeia de coesão forte e revitalizada, com recursos financeiros adequados, é um dos instrumentos cruciais para cumprir a Estratégia de Lisboa. Nas regiões europeias mais desfavorecidas existe um enorme potencial competitivo e de desenvolvimento que tem de ser explorado. Tem de ser este o grande objectivo da politica europeia de Coesão".
Na sua intervenção no debate do Parlamento Europeu sobre os Fundos Estruturais, Sérgio Marques começou por referir que por "circunstâncias várias este debate sobre o futuro da Política de Coesão económica e social ocorre num período particularmente critico para o projecto europeu.
A saída da crise, acrescentou, passa também pela forma como as instituições europeias, e em particular o Conselho, souberem expressar a visão e a solidariedade necessárias para arquitectar uma politica de desenvolvimento regional à altura dos enormes desafios com que a União Europeia está confrontada ".
Para Sérgio Marques, "o Reino Unido, que acaba de assumir a presidência da União Europeia, tem, por isso, uma enorme responsabilidade. Encaro esta presidência, disse o Deputado social democrata, com um misto de preocupação e esperança.
Preocupação por sabermos que o Reino Unido é um dos seis países que pretende limitar o Orçamento da União Europeia a 1% do seu P.I.B, o que me parece em total contradição com uma política de coesão forte e com os objectivos ambiciosos que queremos dar à acção futura da União Europeia.
Preocupação também por serem conhecidas posições do Governo Britânico no sentido da renacionalização do esforço europeu de coesão económica e social, o que a acontecer representaria uma gravíssima falta de solidariedade para com os novos Estados Membros mas também para com certas Regiões ainda carenciadas de Portugal, Espanha e Grécia ".
Sérgio Marques afirmou, no entanto, que "com estas preocupações convive uma grande esperança por sabermos da vontade do Reino Unido em colocar como prioridade da sua actuação o reforço da capacidade competitiva da União Europeia, sem a qual não haverá crescimento económico vigoroso, não inferior ao dos EUA, que permita um ritmo também forte de criação de postos de trabalho. E não conseguiremos este objectivo se não tivermos a coragem para executar integralmente a Estratégia de Lisboa".