O Parlamento Europeu debateu hoje, em Estrasburgo, a luta contra o terrorismo e radicalização, após os ataques em Paris.
Carlos Coelho começou por constatar que "vivemos hoje com medo, como que se a nossa segurança tivesse sido posta em causa. E foi. E os nossos valores atacados. E foram. Temos por isso de agir. Mas Liberdade e Segurança não são conceitos opostos. Em bom rigor não há liberdade sem segurança nem segurança sem liberdade". No entanto, acrescentou, "quando estamos em situações de emergência são necessárias medidas excepcionais mas apenas pelo período estritamente necessário para neutralizar a ameaça. Já no longo prazo temos de procurar as medidas necessárias e proporcionais para combater a ameaça".
O Social-democrata sublinhou por isso que "num tema tão sensível como o combate ao terrorismo, exige-se uma frente unida. Os extremos já tentam polarizar a discussão. Compete pois aos moderados não ceder ao caminho fácil e combater eficazmente estes criminosos preservando os nossos valores essenciais, como os Direitos Fundamentais ou o espaço Schengen". E relembrou as suas declarações do início deste ano, na sequência dos ataques à publicação Charlie Hebdo, "de que servem novos instrumentos ou reforço dos existentes, se o seu futuro for o mesmo daquelas que aprovamos até aqui: serem pouco ou nada usados"?
Carlos Coelho foi taxativo concluindo que "no calor do momento, compete aos decisores agir com ponderação e não esquecer a razão por que nos atacam: somos livres. Ceder nos nossos valores fundamentais seria conceder uma vitória aos terroristas".